Sunday, May 27, 2007

Ecce Homo - F. Nietzsche

Lembra o panegírico do debord porque é um elogio a propria vida, e quanto mais eu leio o Nietzsche mais eu vejo como o debord usufruiu de seu pensamento, até mesmo do seu estilo. nesse livro ele já esta mais proximo da insanidade e o final chega a ser caótico, se ele queria que sua filosofia funcionasse como um martelo, terminou como uma metralhadora. (com manual de instrução)

Alguns trechos que vou colar aqui porque já havia digitado para uma amiga:

"há mais cinismo na benevolência para comigo do que no ódio de qualquer tipo"
"o necessário não me machuca"
"mas a minha verdade é terrivel : pois até hoje a mentira é que foi chamada de verdade... (...) Eu contradigo como jamais foi contradito e ainda assim sou a antítese de um espírito negador. Eu sou um mensageiro alegre, conforme jamais existiu outro, eu conheço tarefas de uma altura para a qual inclusive faltou um conceito até agora; só a partir de mim é que voltaram a existir esperanças... e com tudo isso sou também necessariamente, o homem da fatalidade."
"Eu sou, de longe, o homem mais terrivel que existiu até hoje; isso não exclui o fato de que eu venha a ser o mais benéfico. Eu conheço o prazer de aniquilar em um grau que corresponde à minha força para a aniquilação - e em ambos os casos eu obedeço à minha natureza dionisíca, que não sabe separar o "fazer-não" do "dizer-sim". Eu sou o primeiro imoralista: e com isso sou o aniquilador par excellence"
"Por um lado eu nego um tipo de homem que até agora foi tido como o mais elevado, o bom, o benévolo, o benéfico; por outro lado eu nego uma espécie de moral que alcançou vigência e domínio como moral em si - a moral de décadence, falando de modo mais concreto, a moral cristã." (...) "A condição de existencia dos bons é a mentira... Expresso de maneira diferente: o não-querer-ver, a toda custa, como a realidade é constituída no fundo, ou seja, não de modo a admitir, a toda hora, a interferência de mãos míopes e bondosas. Considerar os estados de emergência de toda espécia como objeção, como algo que é preciso abolir , é a niaiserie par excellence, vista por alto uma verdadeira desgraça em suas consequencias, uma fatalidade de estupidez - quase tão estupida quanto a vontade de abolir o mau tempo - por compaixão aos pobres, digamos..."
"o dano dos bons é o mais danoso dos danos"
"Vós, os homens mais altaneiros que meu olhar alcançou, eis a minha dúvida quanto a vós, e o meu riso secreto: eu adivinho que ao meu super-homem chamaríeis - demônio!
Tão estranhos sois ao grande em vossa alma que o super-homem vos seria terrívem em sua bondade..
Nessa passagem, e em nenhum outro lugar, deve-se fazer o começo, a fim de compreender o que quer Zaratustra: essa espécie de homem que ele concebe, concebe a realidade como ela é: ela é forte o bastante para isso - ela não lhe é estranha, ele não fugiu a ela, ela é ela mesma, ela aidna carrega em si tudo o que é terrível e questionável nela, e só com isso o homem pode ter grandeza..."

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outra vez retorno a mim mesmo, coincidência?

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